Montei a TAIGA em meados do ano de 1990. Em 28 anos de atuação, a empresa na qual dediquei a maior parte da minha vida se gabaritou como grande referência no mercado de comunicação através infláveis. A história da TAIGA se confunde com minha trajetória de vida e ao longo deste período produzimos trabalhamos memoráveis. Em 2017, decidi olhar para o passado da empresa para entrar em uma fase de transformação e alcançar ainda mais sucesso no futuro.
Para reformular uma marca criada há quase três décadas, mais uma vez recorri à cultura japonesa para manter uma imagem forte e moderna.
Quando busquei a palavra TAIGA na cultura oriental, aprendi que a expressão pode ter diversos significados. A maior parte deles está relacionada ao conceito de “grandeza”. Entre outras coisas, aprendi que a palavra é utilizada pelos japoneses para se referir ao tigre, que na cultura oriental simboliza poder, força, coragem, inteligência, liberdade, perspicácia e confiança.
O conceito que me inspirou para batizar minha empresa quase três décadas atrás, porém, não se limita às ideias de força e grandeza. Retirei o nome de um contexto histórico importante que marcou a vida da população japonesa: após derrota na Segunda Guerra Mundial, o país se viu devastado moralmente e financeiramente, fatos que refletiam diretamente na sociedade. Considerados “sábios” dentro da cultura oriental, os mais velhos criaram um grupo chamado TAIGA que se propunha a visitar casas, empresas e instituições de pessoas relevantes para o mercado, com o intuito de levantar a moral e resgatar a esperança da população para iniciar a reconstrução do país contando histórias sobre a grandeza da vida.
Aprendi que esse grupo de sábios se autodenominou TAIGA inspirado na cultura budista, onde a palavra aparece em um sutra, o Sutra do Nirvana. Neste contexto, a expressão significa, de forma primária, o “grande eu”, que leva a ideia de “valorização de si”, “atitudes de bem”, “verdades”, “busca da iluminação”, “extinção do ‘eu’ como unidade individual”, “o ‘nós’ como ápice do ‘grande eu’”, “sabedoria e compaixão ilimitada”.
O que me chamou atenção é que o conceito do “grande eu” oferece uma visão de esperança e certeza de que o homem é capaz de começar a transformar o mundo. Baseado nessas ideias, não tive dúvida ao batizar a TAIGA em sua fundação.
Neste momento de nossa história, volto a olhar para a cultura japonesa para reformular nossa marca. Ao longo desses 27 anos, carregamos uma referência à bandeira japonesa, chamada “bandeira do sol” e na criação de nossa nova marca o disco vermelho não deixaria de ser uma referência.
Nosso objetivo é criar uma marca ainda mais forte e pensando nisso buscamos outros elementos da cultura japonesa para o desenvolvimento de uma nova cara da TAIGA. Um deles é o tigre oriental, símbolo de força e poder, e venerado pelos povos do oriente. Outro item retirado da cultura japonesa é a mandala que, pode ser traduzida como círculo ou circunferência, totalidade, plenitude, derivando do termo tibetano “dkyil khor”; para os orientais, é uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. Os origamis, a arte japonesa de dobrar papel para criar uma arte decorativa, também são anexados nesse momento para chegar ao resultado esperado na criação de nossa nova marca, assim como o Shodo, que é a caligrafia japonesa.
Juntos, os elementos que pinçamos da cultura japonesa nos levam a uma nova marca resultante, não só da junção dos itens citados, mas também dos conceitos que formaram a empresa, de estudo de mercado que mostrou as tendências utilizadas no país atualmente, sem contar todas as experiências adquiridas por mim e por toda a empresa ao longo desses 28 em que nos tornamos referências em nossa área de atuação.
